O Agnus Castus possui ricas propriedades medicinais que proporcionam a saúde do corpo humano.
Da família das Verbanaceae, também conhecido como vitex, agno-casto, anho-casto, agno-puro, árvore-da-castidade, alecrim-de-angola, cordeiro-casto, flor-da-castidade, pimenteiro-silvestre.
Uma das poucas plantas medicinais que se sabe terem uma ação no corpo semelhante à da progesterona.
A Agnus Castus é um remédio específico para problemas menstruais e perimenopáusicos. Atuando sobre a hipófise, melhora a regularidade menstrual. Suas sementes lembram os grãos da pimenta. Possui porte arbustivo, entre 1 e 6m de altura, com ramos quadrangulares, cinzentos, tomentosos.
As folhas são decíduas, cruzadas opostas, Prelone-pecioladas, e palmadas. Tem de 5 a 7 folíolos inteiros, lanceolados de até 10 cm de comprimento. A página inferior da folha é tomentosa e branca. As flores azuis, ocasionalmente, rosas, formam inflorescências terminais.
O cálice e pericálice da corola bilabiada é pubescente. O fruto é uma drupa globular oblonga, vermelha escuro, tem 2/3 envolvidos em concha pelo cálice, com 4 sementes. O exocarpo tem pelos glandulares curtos.
A planta Agnus Castus é originária da região do Mediterrâneo. Trata-se de um arbusto milenar, tido pelos antigos como um grande símbolo de castidade e pureza. Dizia-se que as mulheres gregas que desejassem manterem-se puras deveriam colocar em suas camas folhas do arbusto Agnus Castus e dormir com elas.
A planta pertence à família Verbanaceae e pode ser conhecida popularmente como alecrim de angola, agno-casto, flor da castidade, árvore da castidade, pimenteiro silvestre, anho casto, entre outros nomes.
A altura do arbusto Agnus Castus costuma atingir entre 1 e 6 metros, suas sementes são similares aos grãos de pimenta, seus ramos são cinzentos com folhas cruzadas e o fruto da planta apresenta coloração em tom vermelho escuro.
Origem do Agnus Castus:
No conto “A Ilíada”, de Homero, o Agnus Castus é descrito como um símbolo de castidade. Ambas as palavras, “agnus” e “castus“, significam “puro”. O nome popular pimenta-de-monge é referência ao hábito dos monges mastigarem os frutos para reduzirem os próprios desejos sexuais.
O Agnus Castus é nativo das regiões mediterrânicas e da Ásia Ocidental, contudo, devido a facilidade do seu cultivo, é facilmente encontrado em diversas regiões subtropicais do mundo. Cresce facilmente em locais ensolarados, nas margens de rios e terrenos pantanosos.
O Agnus Castus é um arbusto pequeno que pode alcançar no máximo 150 cm de altura. Seus ramos são angulosos, bem flexíveis e possuem coloração esbranquiçada. Suas folhas são verdes aromática e texturizadas. As flores do agnocasto são bem pequenas, se agrupam em verticilastros e possuem tonalidade purpúrea ou azul (em casos raros possuem coloração branca). Toda a planta exala um delicioso aroma.
Propriedades do Agnus Castus:
Entre suaas principais propriedades medicinais, se destacam as suas ações: antidisentérico, antiestrogênico, anti-inflamatório, antiléptico, calmante, carminativo, diurético, emenagogo, espasmolítico, estimulante, estimulante da secreção de LH, expectorante, galactagogo, inibidor da secreção do hormônio FSH, inibidor da secreção de prolactina, sedantivo, vulnerário. Então, confira agora os Benefícios do Agnus Castus Para Saúde:
Benefícios do Agnus Castus Para Saúde:
- O Agnus Castus é utilizado como chá ou como infusão para banhos.
- Ele é indicado para quem sofre com determinados problemas hormonais, pois atua no organismo como estimulante do hormônio LH, Hormônio Luteinizante, uma proteína reguladora da secreção da progesterona na mulher, sendo um dos responsáveis pelo controle da ovulação.
- Ainda no campo dos hormônios o Agnus Castus atua como inibidor do hormônio FSH, Hormônio Folículo-Estimulante (do inglês Follicle-stimulating hormone). Esse hormônio está presente em homens e animais e regula o crescimento e a maturação durante o período da puberdade, assim com os processos reprodutivos do ser humano.
- O Agnus Castus, como já citado, é utilizado para tratamentos hormonais naturais e muito indicado em casos de cólica menstrual e aquela tensão na área dos seios, para isso ele pode ser consumido na forma de cápsulas ou chá.
- As acnes relacionadas ao ciclo menstrual também são solucionadas com o uso da planta.
- No caso da menopausa é indicado que se use ainda como infusão, mas em banhos para aliviar os calores e suores típicos deste período.
- As oscilações de humor, transtornos como insônia, ansiedade, endometriose e até taquicardia também podem ser tratados com o uso do Agnus Castus.
Princípios Ativos da Agnus Castus:
- Toda a Planta: 1,8-cineol, ageneiosídeo, alfa e beta-pineno, aucubino, bornil-acetato, casticana, eurostosídeo, isovitexina, limoneno, orientina, sabineno, viticineno.
- Sumidades Floridas: flavonoides: casticina, homoorientina; glucosídos iridoídeos: aucubosídeo, agnosídeo; taninos , princípios amargos.
- Frutos: óleo essencial (0,5%) rico em cineol e pineno, agnosídeo, aucubina, ácido mussaendosídico, enterosídeo, agnocastosídeo A, B e C,
- Flavonoides: casticina, derivados do caempeferol e quercetagina, penduletina, crisosoplenol, isovitexina e derivados luteolínicos;
- Óleos Essenciais: Monoterpenóides: cineol, alfa e beta pineno, limoneno, sabineno, castino, eucalipitol, mirceno, linalool, citronelol, cimeno, canfeno. Sesquiterpenóides: Farneseno, cariofileno, cardineno e ledol.
Como Usar o Agnus Castus:
Deve ser consumido por via oral, na forma tintura obtida a partir dos seus frutos ou de comprimidos de Agnus Castus. Dosagem pode variar de acordo com a individualidade de cada um, por isso, consulte seu médico.
Estudos apontam que 10 dias após o início do tratamento com Agnus Castus, já é possível notar o equilíbrio hormonal. No entanto, para obter todos os seus benefícios, o Agnus Castus deve ser utilizado por um longo período, podendo chegar a mais de um ano de tratamento.
Receita do Chá de Agnus Castus:
Para aproveitar os benefícios do Agnus Castus é preciso saber prepará-la corretamente. Para isso separamos uma receita simples que você pode fazer sem complicações.
INGREDIENTES:
- 1 colher de chão de agnocasto
- 200 ml de água filtrada
MODO DE PREPARO:
- Coloque a água em uma chaleira e leve ao fogo.
- Espere ferver e desligue o fogo.
- Aguarde 10 minutos.
- Adicione o agnocasto, aguarde alguns minutos e beba
Interação Medicamentosa da Agnus Castus:
O uso concomitante com amantadina pode aumentar os efeitos colaterais dopaminérgicos. Evitar o uso do Agnus Castus com agonistas da dopamina: fenotiazina, pergolide, bromocriptine, amantadina.
Caso o paciente escolha o tratamento fitoterápico, os sintomas de adição de agonismo dopaminérgico, náusea, dor de cabeça, tontura, fadiga, vômitos e hipotensão postural devem ser monitoradas de perto.
Teoricamente a atividade agonista dopaminérgica do Agnus Castus se opõe à dos antagonistas da dopamina, diminuindo a eficácia destes últimos.
Se a terapia for iniciada com Agnus Castus em um paciente que faça uso de antagonistas da dopamina, deverá ser feito um monitoramento cuidadoso dos sintomas anteriormente controlados pela dopamina.
Farmacologia da Agnus Castus:
As substâncias hormônio semelhantes tornam-no útil em distúrbios da deficiência de progesterona infertilidade feminina, menopausa, TPM. Após a ingestão, os frutos exercem efeitos progesterônicos regulando a produção ovariana de progesterona e estrogênio regulando os ciclos menstruais.
Uma pesquisa randomizada, placebo controlada usou uma preparação homeopática contendo Agnus Castus para tratar infertilidade em 67 mulheres, oligomenorreia em 37 e amenorreia em 30. Todos os grupos receberam o preparado o placebo 3 vezes ao dia. 38 das 67 mulheres menstruaram espontaneamente, aumentaram a concentração de progesterona teve o ciclo encurtado, ovulação precoce e gravidez.
O Agnus Castus está disponível na Alemanha desde 1950 para dor mamaria, insuficiência ovariana e sangramento uterino; O fruto (o extrato Zc 440) foi comparado com placebo por 3 ciclos menstruais num estudo prospectivo, randomizado, placebo controlado, com 170 mulheres (36 anos) com TPM.
O extrato foi estandardizado em casticina; Preparados de Agno casto inibiram a secreção de prolactina basal e TRH – estimulada, sugerindo seu uso na hiperprolactinemia; Estudos em animais mostraram aumento da lactação e das mamas, indicando efeito na liberação de prolactina; A planta é útil em sintomas menstruais, anormalidades endócrinas, neuroses, dermatoses, acne. Aumenta o risco de gravidez múltipla e de aborto.
Malefícios do Agnus Castus:
O Agnus Castus é contraindicado para gestantes e lactantes. O uso também não é indicado para mulheres que estejam realizando tratamento hormonal ou tenham déficit metabólico de FSH. Em excesso pode causar erupções moderadas e problemas no intestino. Age como uma anafrodisíaco para homens (substância capaz de diminuir a libido).